quinta-feira, 15 de outubro de 2009


Metamorfoô deriva do grego e significa transfigurar, transformar, mudar em outra forma ou imagem. A idéia de transformação de uma aparência em outra é comum. Tanto na literatura grega quanto na latina, de Ovídio Apuleio, são chamadas de “metamorphosis”. A primeira é uma série de eventos que envolvem seres sobrenaturais, bem como seres humanos, que passam por diferentes transformações. Apuleio descreve sua transformação em asno e a sua restauração pela deusa Isis. Usava o conceito de transformação e libertação religiosa, que era idealizada na religião helenística. A metamorfose só ocorre em seres vivos, mas especificamente na biologia, metamorfose ou “alomorfia” (do grego metamórphosis) é uma mudança na forma e na estrutura do corpo (tecidos, órgãos), bem como um crescimento e uma diferenciação, dos estados juvenis ou larvares de muitos animais, como os insetos e anfíbios (batráquios), até chegarem ao estado adulto. O termo metamorfose foi utilizado no livro tomado emprestado da biologia e de um dos termos utilizados pela teoria da complexidade. Como entendemos a metamorfose só ocorre em seres vivos, assim, compreendemos também que a Igreja tem esse aspecto de ser um organismo vivo como todo e qualquer ser e estrutura, usamos de metáfora para ilustrar as transformações ocorridas na igreja cristã pentecostal. Ousamos discutir sobre a fenomenologia da religião mais especificamente sobre o pentecostalismo como um dos movimentos religiosos mais importantes do século XX. Entendo que as duas situações ocorreram, esses grupos buscaram uma acomodação social, quando da necessidade de levar sua mensagem pentecostal para outras camadas da sociedade, ao passo que precisavam fazer presença em todos os seguimentos. Ao quebrarem esse paradigma que foi a inclusão social, a participação ativa na sociedade, coisa que não ocorria no início do século dentro desse movimento. Surgiu o ruído (para Henry Atlan – teórico escolhido para a discussão) houve a necessidade de re-organização, ou re-eco-organização. Nesse momento surge então a transformação, a metamorfose. Esse processo não é ruim, ao contrário, é uma ação que agrega novos valores importantes a continuidade da vida, a sua adaptação. A acomodação social era já esperada, porém a metamorfose, foi algo novo, esse grupo religioso busca ainda uma identidade, uma unidade, e enquanto não encontra estará nesse ciclo de transformações.

 fonte JOTA BÊ – CIÊNCIAS DA RELIGIÃO

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