Caso Família Proença | ||||
Tanto a empregada quanto Maitê foram inquiridas pelo procurador. Com 12 anos, Maitê declarou a um juiz de Campinas (SP), onde residiam, “ter visto o professor na cama da sua mãe, vestido de pijama”, relata a autora. Uma ex-empregada da família, segundo o livro, falou de um relacionamento de Margot, que era professora, com um ex-aluno, pois “eles ficavam trancados no escritório, quando o marido se ausentava da casa”. Com as evidências, Augusto marcou um encontro decisivo com a esposa.
O procurador não chegou a ser preso e foi absolvido em dois julgamentos. Maitê Proença foi testemunha de defesa e contou que “viu o professor (francês) dormindo no sofá-cama utilizado pela mãe, na manhã seguinte à realização de uma festa em sua casa”. O pai dela casou-se novamente, mas, em 1989, suicidou-se. |
Caso Daniella Perez | ||||
Dez anos após a morte da esposa, Gazolla se incomoda com a impunidade. “Sofri com a criminalidade como milhares de pessoas também já sofreram, mas agora sofro é com a impunidade”, diz. “É um absurdo saber que as pessoas que mataram minha mulher com 18 facadas, que deveriam ficar 19 anos na prisão, estão na rua, livres.” Em 1997, Guilherme foi julgado e condenado a 19 anos de prisão. O veredicto, acompanhado por 400 pessoas, foi aplaudido de pé. Três meses depois, Paula foi condenada a 18 anos e seis meses – mais tarde teve a pena reduzida para 15 anos. Glória Perez acompanhou o julgamento, segurando as sapatilhas e uma fotografia da filha assassinada. |
Caso Dorinha Duval | ||||
Por sete votos a zero, Dorinha foi condenada a um ano e meio de prisão com sursis (suspensão condicional da pena). Três anos antes, Dorinha matara com três tiros o marido com quem estava casada havia seis anos. Dez dias depois, em declaração para a polícia, disse que iniciou com o marido uma discussão no quarto. Ela conta que o procurou carinhosamente e foi repelida. Aos 51 anos, 16 a mais que Paulo Sérgio, a atriz reclamou da atitude e, como mostra o livro, o marido disse que Dorinha era uma velha e que só apreciava meninas de corpo rijo.
Após a primeira condenação mais branda, Dorinha foi a júri novamente. Acabou condenada a seis anos de prisão em regime semi-aberto. “Dorinha tinha de pagar, já pagou e talvez continue pagando”, diz o ator Paulo Goulart, que foi testemunha de defesa da amiga. “Só lamento que tivesse de modificar toda vida em função de uma tragédia.” Aos 62 anos, ela passou a primeira noite no cárcere, em Niterói (RJ). Dorinha está com 73 anos, é artista plástica, mora no Leme e vive das obras que faz. Procurada por Gente, limitou-se a dizer: “Ainda não quero falar sobre esse assunto”. |
Capa Caso Pimenta Neves | |||
O namoro durou quatro anos e, menos de um ano após a separação, Pimenta, 63 anos, tomado de ciúmes, matou Sandra com dois tiros. “Pensei em me vingar. Pessoas se ofereceram para matá-lo. Também pensei em fazer tudo com as próprias mãos”, diz o pai da vítima, João Gomide, 63 anos. “Mas é melhor que a justiça seja feita. Minha mulher não atende telefone, ficou um mês internada com problemas nervosos e ainda não está bem.”
A tragédia aconteceu em um haras em Ibiúna (SP), onde a jornalista costumava cavalgar. Quando ela chegou, Pimenta a esperava. Após uma discussão, os tiros foram disparados. Após o crime, Pimenta ficou internado porque ingeriu 72 comprimidos de Lexotan e Frontal (tranqüilizantes). Réu confesso, ficou preso até março do ano passado e aguarda julgamento em liberdade. A denúncia atribui a ele homicídio duplamente qualificado. “Que saudades do velho Pimenta. Era o símbolo do equilíbrio, mas descobri que não o conhecia completamente”, diz o amigo e jornalista Rodolfo Konder. |
Caso Lindomar Castilho | ||
O crime aconteceu em 1981 no bar Belle Époque, em São Paulo. Lindomar alvejou a ex-mulher e cantora no peito. “Não há registro do que aconteceu em minha cabeça. Eu a amava com certeza total”, disse Lindomar a Gente, de Goiânia, onde mora atualmente. “Qualquer pessoa sob forte emoção é capaz de fazer o mesmo. Me desliguei da realidade por causa de uma violenta emoção.” Eliana e Lindomar se casaram dois anos antes do crime. O cantor, como é dito no livro, era agressivo, ciumento, bebia sem moderação. Quando Eliana foi morta, fazia 20 dias que o desquite havia sido formalizado. Lindomar descobriu que a ex-mulher tinha um caso com seu primo Carlos e ainda o culpa: “Esse parente meu foi o causador de tudo, de desavenças, de problemas”. O cantor foi condenado a 12 anos e dois meses e cumpriu parte da pena em liberdade. Hoje, aos 62 anos, ele conta o que aprendeu: “No momento de desespero não conte até dez. Conte até dez bilhões e, depois, vá até a praia contar grão por grão de areia. |
Caso Promotor Igor | ||||
Marido de Patrícia,o promotor Igor foi condenado a 16 anos e quatro meses pela morte dela e da criança. O motivo do crime até hoje é um mistério e Igor está foragido há um ano. Um teste de DNA mostrou que o bebê que Patrícia esperava não era do promotor. Mesmo com as evidências, os pais, irmãos e familiares de Patrícia apoiaram o réu no processo e insistem em sua inocência. “Nós da família não acreditamos que Igor matou minha filha”, diz a mãe de Patrícia, Maria Cecília Aggio Longo. “Convivemos três anos com o Igor e não podemos falar nada contra ele. Trata-se de uma pessoa boa, honesta e um ótimo marido. Fizemos quatro testes de DNA, onde Igor aparece como pai, mas ninguém quer aceitar.” Sob o pretexto de cortar caminho, o promotor ingressou com sua caminhonete numa estrada de terra próxima à rodovia Fernão Dias. Lá disse ter sido rendido por um assaltante. Sua mulher teria sido seqüestrada e morta por razões ignoradas. Mas um vigia do condomínio colocou em xeque a versão do promotor. “O fato de a família defendê-lo me faz acreditar que ele seja inocente”, diz Márcio Thomaz Bastos, advogado de defesa do promotor. |
FONTE Luiza Nagib Eluf (LIVRO) O AMOR NOS BANCO DOS REUS
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