quarta-feira, 16 de junho de 2010

OS 10 MAIORES FRACASSOS DE HOLLYWOOD

A Revista Flashback fez um compilação com os 10 filmes de maiores prejuízos de todos os tempos. Para esse ranking, foram considerados diversos critérios, tais como: Bilheteria, orçamento alto, perdas e as expectativas gerada em torno da trama e do elenco.

10º - A RECONQUISTA (BATTLEFIELD EARTH, 2000)

No ano 3000 a Terra está dominada pelos psychlos, espécie de alienígena. O roteiro era dividido em duas partes - a segunda seria continuação. Claro que o mega fracasso acabou com qualquer possibilidade de que isso acontecesse. Roger Christian, o diretor, nunca mais trabalhou para um grande estúdio.

ORÇAMENTO: US$ 70 milhões
BILHETERIA: US$ 21,5 milhões
PERDA: 71%

9º - PLANETA DO TESOURO ( TREASURE PLANET , 2002)

É uma versão espacial do romance A Ilha do Tesouro, do século 19. Jim Hawkins (Joseph Gordon-Levitt) é um adolescente que encontra o mapa de um grande tesouro, escondido tempos atrás por um pirata intergalactico. A bilheteria nem foi tão ruim, mas os gastos astronômicos afundaram a animação. Só para divulgar o filme foram US$ 40 milhões. O filme matou a carreira do diretor Ron Clements, de A Pequena Sereia (89) e Alladin (92).

ORÇAMENTO: US$ 140 milhões
BILHETERIA: US$ 37 milhões
PERDA: 73%

8º - HUDSON HAWK O FALCÃO ESTÁ A SOLTA ( HUDSON HAWK ,1991)

"Olha, se você prestar bem atenção, até que o filme é bacana", disse uma vez Andie McDowell, uma das atrizes de Hudson Hawk. Haja atenção. Esse desastre começou assim: Bruce Willis estava cheio de moral em Hollywood depois de Duro de Matar 1 (8Cool e 2 (90), que renderam US$ 277 milhões de lucro líquido. Aí ele aparece com uma história, escrita por ele mesmo, sobre um ladrão engenhoso, invenções de Leonardo da Vinci e "cenas eletrizantes". Numa delas, por sinal, o personagem de Willis cruza a ponte do Brooklin, em Nova Iorque, a 100 km/h. Quando se aproxima do pedágio, atira um monte de moedas - o dinheiro, claro, está certinho - a cancela abre e Bruce consegue fugir de seus perseguidores. Duro de aguentar! Você sabe: a carreira de Bruce Willis continuou bem, obrigado. Mas o homem nunca mais se meteu a escrever um roteiro. O diretor do filme, Michael Lehmann, também não está mal, e hoje leva uma pacata vida de diretor de séries de TV.

ORÇAMENTO: US$ 65 milhões
BILHETERIA: US$ 17 milhões
PERDA: 74%

7º - 3000 MILHAS PARA O INFERNO ( 3000 MILES TO GRACELAND ,2001)

Um bando resolve assaltar o mítico cassino Rivera, em Las Vegas, durante uma convenção de imitadores de Elvis (daí o título original, que traz o nome da mansão do Rei). Um deles (Kevin Costner) mata os parceiros para ficar com a grana. Mas sobre um (Kurt Russell) que passa a viver no encalço do traíra. O filme tenta ser uma comédia sanguinolenta, tipo Tarantino. A parte sangue rola bem. Já a parte comédia fica em piadas como esta: "Sabe qual é a melhor coisa de sair com moradores de rua? É que você pode largá-las em qualquer lugar." Pois é... 3000 Milhas foi escrito, dirigido e produzido pelo diretor de videoclipes Demian Lichtenstein, um cara inexperiente no cinema. Tão inexperiente que, além de torrar o que tinha e o que não tinha, deixou Kevin Costner e Kurt Russell interferir na montagem do filme. VIVA LAS VEGAS Lichtenstein está terminando o único filme que fez depois deste. Chamará Venus & Vegas e, segundo a sinopse, é uma comédia sanguinolenta locada no deserto de Nevada. Alguém já viu esse filme?

ORÇAMENTO: US$ 62 milhões
BILHETERIA: US$ 15,7 milhões
PERDA: 75%

6º - O RESGATE DO TITANIC (RAISE OF THE TITANIC ,1980)

É um filme tipo aqueles que passavam depois do Silvio Santos: um grupo de exploradores americanos precisa ir às profundezas do oceano porque no interior do naufragado Titanic está um raro mineral. E o elemento é necessário para o sistema de defesa dos Estados Unidos (tempos de guerra fria...). E bomba à vista! Muito do custo estourado se deve a uma pataquada: um modelo do Titanic foi construído por US$ 350 mil. Quando ficou pronto, percebram que a réplica era grande demais para o tanque onde iriam fazer as filmagens. Resultado: tiveram que construir um tanque maior no valor de US$ 6 milhões. O filme tinha bons atores veteranos, como Jason Robards e Alec Guiness, mas não era o suficiente. O Resgate foi baseado num romance do escritor Clive Cussler, que demorou 20 anos para liberar outra adaptação da sua obra - no caso, o fraca Sahara, que ele também odiou! O diretor Jerry Jameson, que fez carreira na TV em séries como Havaí 5.0 e Dallas, só fez quatro filmes, de baixo orçamento, nos últimos 25 anos.

ORÇAMENTO: US$ 36 milhões
BILHETERIA: US$ 7 milhões
PERDA: 81%

5º - A ILHA DA GARGANTA CORTADA ( CUTTHROAT ISLAND ,1995)

A produção chegou a constar no Guinness Book como o maior prejuízo em números absolutos já dado a uma companhia cinematográfica: levou à falência a produtora Carolco Pictures. Parece que a zica já rolava solta na época da pré-produção: Michael Douglas, Keanu Reaves, Liam Neeson, Jeff Bridges, Ralph Fiennes, Charlie Sheen e Michael Keaton recusaram o papel que acabaria com o sem-sal Matthew Modine. Douglas, aliás, desistiu quando soube que a personagem de Geena Davis seria mais importante que a dele. O filme de piratas do diretor Renny Harlin, de Duro de Matar 2, marido de Geena Davis, até que foi visto como uma boa volta do estilo capa-e-espada, mas o público não se animou. O filme enterrou a carreira de Geena Davis. Depois desse, ela só fez mais um, Despertar de um Pesadelo, outra obra do maridão Harlin. Hoje, separado de Geena, ele continua a toda prova: dirigindo e produzindo. Mas só filmes pequenos.

ORÇAMENTO: US$ 92 milhões
BILHETERIA: US$ 11 milhões
PERDA: 88%

4º - RICOS, BONITOS E INFIÉIS (TOWN & COUNTRY ,2001)

Com um elenco estrelado - Waren Beatty, Goldie Hawn, Andie McDowell, Charlton Heston e Natassia Kinski -, o filme sobre casais de longa data em crise e casos de infidelidade foi motivo de vergonha para o estúdio, que esperou dois anos para desovar a bomba no mercado. Muitos se perguntaram como o orçamento chegou a US$ 90 milhões, já que não rolam efeitos especiais caros em um filme baseado em diálogos. A reposta: péssimo gerenciamento. Para fazer cenas com neve, por exemplo, a equipe viajou para as montanhas de Idaho, EUA, no inverno. Chegando lá, não tinha neve. O diretor decidiu cobrir o chão com neve artificial. Após passarem o dia filmando, caiu uma baita nevasca à noite. E ele preferiu refilmar as cenas para aproveitar o cenário natural. Por essas, demorou três anos para concluírem o filme.O diretor Peter Chelsom até que deu a volta por cima: filmou os relativamente bem-sucedidos Escrito nas Estrelas (2001) e Dança Comigo (2004).

ORÇAMENTO: US$ 90 milhões
BILHETERIA: US$ 6,7 milhões
PERDA: 92%

3º - MONKEYBONE NO LIMITE DA IMAGINAÇÃO (MONKEYBONE , 2001)

Cruzamento de Os Fantasmas se Divertem com Mundo Proibido, Monkeybone não agradou ao público, mas arrancou elogios de alguns figurões da imprensa. O filme é pouco convencional - uma mistura de animação com atores de verdade para contar a história de um cartunista (Brenda Fraser). Seu personagem vai virar programa de TV, e ele pensa em pedir a namorada (Bridget Fonda) em casamento. Tudo vai bem até que ele sofre um acidente e entra em coma. O cartunista vai parar em uma espécie de purgatório com sua criação, o macaquinho Monkeybone. Tem que lutar contra a Morte (Whoopi Goldberg). O dinheiro foi embora nos efeitos de animação. Mas o fracasso é atribuído ao povo do marketing: Monkeybone foi vendido como filme infantil. Mas boa parte das sacadas são para adultos. Foi o último longa-metragem do diretor Henry Selic. Mas ele continua mandando bem em animações: foi responsáveis pelos efeitos visuais, bem bonitos de A Vida Aquática de Steve Zissou (2004).

ORÇAMENTO: US$ 75 milhões
BILHETERIA: US$ 5,4 milhões
PERDA: 93%

2º - PLUTO NASH (THE ADVENTURES OF PLUTO NASH ,2002)

Não era o ano de Eddie Murphy. Ele começou 2002 estrelando a bomba Showtime, que deu US$ 45 milhões de prejuízo, e fechou com Pluto Nash, um hecatombe que vem ganhando a reputaçao de pior filme da história. Nessa comédia de Ron Underwood (Poderoso Joe, O Ataque dos Vermes Malditos), um empresário combate mafiosos espaciais para defender sua casa noturna na Lua. Com US$ 100 milhões, o filme pôde contar com efeitos especiais de primeira. Mas não só a cobertura faz o bolo, certo? O recheio de piadas sem graça e situações constrangedoras fez a coisa esfarinhar. Como escreveu um crítico americano: "Dificilmente tanto dinheiro já tenha proporcionado tão pouca diversão." O próprio Eddie Murphy achou o resultado tão ruim que se recusou a promover o filme. Os estúdios Warner, com medo do prejuízo, deixaram a produção na geladeira por dois anos antes de lançá-la. Mas nada evitou o fiasco. Ron Underwood ainda fez dois filmes de lá pra cá. Ambos com orçamento abaixo de zero, claro.

ORÇAMENTO: US$ 100 milhões
BILHETERIA: US$ 4,4 milhões
PERDA: 96%

O PORTAL DO PARAÍSO ( HEAVENS GATE ,2002)

O mais roto entre os esfarrapados, que conseguiu quase 100% (!) de prejuízo, prometia ser um arraso. Seu diretor, Michael Cimino, já tinha levado cinco Oscars por seu segundo filme, The Deer Hunter (7Cool, que estourou nas bilheterias. O estúdio United Artists, então, se empolgou e deu um cheque em branco para o rapaz filmar Portal do Paraíso. Logo no começo das filmagens, ele achou que o espaçamento entre as casas cenográficas era muito estreito. Perfeccionista, deu ordem para construir tudo de novo. Gastou milhões só para ganhar uns centímetros. Mandão, demitia e contratava funcionários toda semana. Não deu outra: o orçamento, previsto em US$ 2 milhões, saltou para US$ 44 milhões (US$ 111 milhões em valores de hoje.) Cimino ainda entregou o filme com quatro horas e meia (!) de duração. Os executivos da United Artists bateram o pé, e ele aceitou cortar para três horas e meia. O público não engoliu. As salas ficaram vazias, e a United Artists faliu. Após o fracasso, ainda deixaram Cimino fazer cinco filmes - todos com pouca grana. Nenhum vingou. E ele não pisa num set há dez anos.

ORÇAMENTO: US$ 44 milhões
BILHETERIA: US$ 1,5 milhões
PERDA: 97%

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