quarta-feira, 5 de maio de 2010

Essa é F.......

Até 1918 os pilotos de combate alemães e aliados da Primeira Guerra Mundial não usavam paraquedas em seus aparelhos. Por um lado, muitos destes pilotos eram jovens temerários que se negavam a usá-los por temor a ser considerados covardes. E por outro lado, os altos comandos também opinavam que utilizá-los era uma má ideia, porque com isso menosprezariam o espírito de luta.


Ante esta situação, foram muitos os pilotos que perderam a vida por não usar paraquedas. Mas também contam surpreendentes casos de pilotos que se foram jogados para fora de seu avião em pleno vôo e que, também em pleno vôo, conseguiram voltar a subir nele. Hoje eu trago para o MDig dois destes extraordinários casos... tão incríveis como (im) possíveis.

Grahame Donald e o estranho loop.

No livro "On a Wing and a Prayer", Joshua Levine relata o espantoso caso do piloto escocês da RAF, Grahame Donald. Uma tarde do verão em 1917, Grahame pilotava seu Sopwith Camel a uma altura de 6.000 pés.

Sopwith Camel

Em uma brusca manobra, Grahame colocou o avião de cabeça para baixo, com tanto azar que nesse instante rompeu o cinto de segurança, jogando o piloto no vazio. Mas enquanto Grahame caía, o avião também começou a descer e, estranhamente, completou um amplo loop. Em uma entrevista concedida 55 anos mais tarde Grahame explicou:

- "Os primeiros 2.000 pés passam muito rápido. Enquanto caía comecei a ouvir meu pequeno e fiel Sopwith Camel em algum lugar próximo. De repente caí de novo nele."

Efetivamente, o piloto caiu sobre a asa superior do avião, a qual de agarrou como um gato com ambas mãos. Depois conseguiu enganchar um pé na cabine de comando até que conseguir entrar nela e tomar o controle do aparelho novamente.

Grahame Donald, já como comandante da RAF, também combateu na Segunda Guerra Mundial.

Louis Strange, pendurado na metralhadora.

O piloto britânico Louis Strange voava em um Martinsyde S1 com uma metralhadora Lewis montada na asa superior em 10 de maio de 1915, quando em pleno combate, a metralhadora ficou sem munição. Strange então soltou o cinto e ficou de pé para mudar o tambor e recarregar a arma, guiando por um momento os comandos do aparelho com seus joelhos.

Martinsyde S1

Foi exatamente neste momento que ele perdeu o controle e o avião subitamente deu uma volta deixando a Strange pendurado pela metralhadora que estava tratando de recarregar. O piloto começou a espernear até que conseguiu prender um pé na cabine e depois o outro, conseguindo depois de vários minutos de agonia voltar para dentro dela e tentar tomar de novo o controle do avião.

O painel de controle e o assento estavam destroçados por causa dos chutes e esforços que ele fez para voltar ao avião e somente a poucas centenas de metros do solo conseguiu controlar o avião.

Surpreendentemente, depois do susto e de regressar à base, a primeira coisa que ouviu foi com a reprimenda de seus colegas, que criticaram por quebrar todo o painel de instrumentos e de rasgar o assento do avião.

Strange também participou como piloto da RAF na Segunda Guerra Mundial.

Acredite se quiser!.

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