O zuriquense Tim Steiner é o primeiro ser humano a vender sua pele tatuada. Um colecionador alemão pagou 150 mil euros pela obra de arte do artista belga Wim Delvoye.
O comprador reserva-se o direito de usar Steiner em exposições e garantiu em cartório a herança da pele tatuada.
"TIM" é o nome da obra de arte tatuada nas costas de Tim Steiner, um músico de 31 anos, de Zurique. O autor da tatuagem é o artista plástico belga Wim Delvoye, que costuma ironizar a sociedade consumista em suas obras (leia mais sobre ele na coluna ao lado).
De acordo com o contrato assinado na última sexta-feira (29/08), o colecionador alemão tem o direito de expor a obra três a quatro semanas por ano, de levar Steiner para eventos e ou alugá-la para ser vista em ambiente privado, informou Stephanie Schleiffer, da Galeria De Pury & Luxembourg, à agência de notícias suíça SDA.
O valor da transação, fechada após dois anos de negociações, será dividido entre o artista e o tatuado. O comprador pode revender ou herdar a "obra móvel" e, após a morte, literalmente tirar o couro de Steiner.
Esse negócio insólito, no entanto, é juridicamente delicado. Contratos vitalícios são proibidos – o comprador corre o risco de que Steiner mude de idéia. "O colecionador comprou também o risco de perder a obra", disse Schleiffer.
A galeria, no entanto, garantiu através de um documento assinado em cartório que os familiares do tatuado não podem impedir, após a morte de Steiner, a retirada e herança da pela tatuada pelo colecionador.
Os tatuadores trabalharam 35 horas para realizar a obra concebida por Delvoye – um desenho representando uma imagem de Nossa Senhora sob o crânio de uma caveira.
De acordo com o contrato assinado na última sexta-feira (29/08), o colecionador alemão tem o direito de expor a obra três a quatro semanas por ano, de levar Steiner para eventos e ou alugá-la para ser vista em ambiente privado, informou Stephanie Schleiffer, da Galeria De Pury & Luxembourg, à agência de notícias suíça SDA.
O valor da transação, fechada após dois anos de negociações, será dividido entre o artista e o tatuado. O comprador pode revender ou herdar a "obra móvel" e, após a morte, literalmente tirar o couro de Steiner.
Esse negócio insólito, no entanto, é juridicamente delicado. Contratos vitalícios são proibidos – o comprador corre o risco de que Steiner mude de idéia. "O colecionador comprou também o risco de perder a obra", disse Schleiffer.
A galeria, no entanto, garantiu através de um documento assinado em cartório que os familiares do tatuado não podem impedir, após a morte de Steiner, a retirada e herança da pela tatuada pelo colecionador.
Os tatuadores trabalharam 35 horas para realizar a obra concebida por Delvoye – um desenho representando uma imagem de Nossa Senhora sob o crânio de uma caveira.
Porcos tatuados
O artista conceptual Wim Delvoye chamou a atenção pela primeira vez em 1997, quando fez tatuagens em porcos anestesiados, o que também já era juridicamente controverso.
Por isso, o belga abriu na China, onde a legislação de proteção aos animais é mais frouxa, uma criação de "porcos de arte".
Segundo Schleiffer, os porcos de Delvoye hoje são vendidos por até 150 mil euros – com tendência a aumentar. Steiner, cuja pela tatuada agora também vale 150 mil euros, "será exposto" pela primeira vez na próxima semana em Cingapura e na China.
Delvoye especializou-se em contrastes estéticos, com os quais procura fazer uma paródia do comércio cultural.
swissinfo com agências
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